Escolhi ser idiota do mesmo modo
como alguns caras escolhem controlar seus paus e meninas suas vaginas antes do
casamento. Escolhi ser idiota, na mesma proporção que muita gente aí escolheu
não amar mais, só porque teve uma pequena desilusão amorosa. E reclamam, como
reclamam. Sinceramente, não entendo a mente de muita gente por aí, que
menospreza o ato de se apaixonar ou de amar – sim, na minha concepção e estilo
de vida, “paixão” e “amor” são coisas totalmente diferentes. De qualquer forma,
pessoas por aí xingam o sentimento, distorcem, deturpam e fazem de conta que são
frios e intocáveis, mas não passam de uns invejosos chorões, porque não souberam
aproveitar ou porque, em dado momento, as coisas não deram certo. Na mesma
intensidade que escolhi ser idiota, vocês escolheram ser estúpidos e medíocres. Somos
iguais na babaquice e o que me difere de vocês são apenas as escolhas, e ainda
assim, eu julgo, porque em 19 anos de vida ninguém nunca titubeou ao me
julgar. Todos estamos aqui para julgar, isso não me torna menos cristão ou
menos merecedor da benevolência de algum ser superior ou da iminente sepultura
que me aguarda. Sou um idiota, sim, me julguem, eu deixo. Um panaca imbecil que
escolheu ser visto como uma criancinha minúscula, um virjão que só posta “merda”
no facebook. Ei, parem para pensar: essa tem sido minha escolha há muito tempo,
e talvez eu esteja rindo por ver a faísca que eu joguei tocar fogo no circo de
nossas vidas. Espero que vocês continuem assim: tendo em mente que sou um
molequinho revoltado e sem fundamentos, que não produz um pensamento ou plano
construtivo durante o dia; que assiste desenho animado como um menino de cinco anos;
que nunca enfiou o pau em uma boceta desprezível e suculenta; que é “gala seca”
e sonso durante todo o tempo. Continuem pensando assim. Eu não ligo. Para vos
ser sincero, eu até gosto. Fico rindo e contribuo para suas opiniões sólidas e
altivas. Julguem daí que eu julgo daqui. Porque essa é a grande graça da vida,
e não escrevo estas linhas com revolta ou raiva. Escrevo sorrindo, escrevo
gargalhando. Para mim é uma eterna piada – pois a vida não passa disso.
*Morionem é um equivalente latim para "idiota".
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